domingo, 13 de novembro de 2016

QUANDO ME PERGUNTAM SOBRE VOCÊ...



Sobre você, eu não conto para ninguém... Também pudera, ninguém nos aceitaria juntos novamente, principalmente as pessoas que me amam. Você me machucou e elas sabem disso. E é incrível perceber como foi fácil para elas te odiarem, apenas com os meus relatos... Enquanto eu, a principal atingida, não consigo te odiar. Talvez se eles sentissem o que eu senti ao seu lado... O meu rosto queimando toda vez que você olhava para mim. O palpitar do meu coração toda vez que o seu carro se aproximava. A energia que eu acordava pela manhã, mesmo sendo uma pessoa que detesta acordar cedo. A sensação de perda do chão e dos sentidos quando os seus lábios carnudos tocaram os meus pela primeira vez. O cheiro, o toque, o jeito que me olhava, a gargalhada gostosa. Eles não presenciaram isso. Apenas me viram chorando quando você sumia e me deixava desesperada. Quando você falava palavras duras e amargas que me machucavam. Quando eu pensei que já não conseguia mais viver sem você, e você fingiu não se importar, mesmo após os vários quilos que eu perdi... Não os culpo por não nos aceitarem... Nem eu nos aceito mais!  Já jurei não te responder. Te bloqueei de todas as minhas redes sociais, mas no final... Eu não consegui deletar o seu número da memória, assim como o cheiro do seu perfume, que aliás posso sentir com um simples fechar de olhos.  Apesar de tudo ter você pela metade. De vez em quando numa mensagem... Faz com que eu me sinta mais segura, como se você novamente estivesse aqui comigo. E agora eu não conto para ninguém sobre você, pois ninguém mais entenderia, aliás, nem eu entendo!

OS 20 E POUCOS ANOS

Quando se têm 20 e poucos anos, o modo como se encara a vida, muda totalmente. Para algumas pessoas eu ainda sou uma pirralha e tenho muito o que aprender. Mas ao mesmo tempo tenho bagagens e experiências de sobra para contar. Já me apaixonei trilhões de vezes, sério, eu era uma menina muito "apaixonável", bastava um olhar e pronto, já imaginava o nome dos nossos filhos. Eu digo que eu era assim, não por ter mudado radicalmente e ter me tornado uma mulher insensível e madura... Apenas aprendi a não colocar tanta intensidade em quem não deseja contribuir com nada. E isso eu só fui aprender depois de ter tido o meu coração partido milhares de vezes. Já partiram meu coração de uma forma, que eu tinha certeza que não conseguiria suportar. Com o passar dos dias a dor ia diminuindo, diminuindo, até desaparecer... Nem mesmo uma dor daquelas, é eterna, embora as cicatrizes persistam até hoje. Mas quando olho para elas sabe o que eu percebo? Que fui forte, entreguei meu coração e ele foi dilacerado, e mesmo com ele aos pedaços eu sobrevivi e segui em frente... Já chorei até soluçar, sentada no chão do banheiro, com o chuveiro ligado para ninguém me ouvir, abafando os meus soluços com a mão. Mas também já fui deitar tão feliz, que não conseguia parar de sorrir e nem pegar no sono. Já ri até fazer xixi nas calças. Já tive amizades tão fortes que se pareciam com aquelas que vemos em filmes e seriados. Já fui traída por amigos, e a dor que eu senti foi muito maior do que a perda de qualquer amor que tive... Como vocês podem perceber, eu passei por algumas coisas, fui criança, adolescente e agora estou entrando no universo adulto. Posso não ter muita sabedoria, mas tudo o que eu vivi até agora me trouxe grandes aprendizados, e são esses aprendizados que quero compartilhar com vocês! Espero que gostem!!!